Dezenas de esportistas do Distrito Federal participam, neste fim de semana (dias 27 e 28 de abril), de torneios pelo país e pela América do Sul. E todos viajaram pelo Compete Brasília, programa da Secretaria de Esporte e Lazer, que incentiva a participação de atletas e paratletas de alto rendimento em campeonatos nacionais e internacionais. Conheça mais sobre os representantes brasilienses nas competições.
KARATÊ
O treinador Filipe Hardy e os atletas Gabriel Hardy (18 anos), Lucas Hardy (16 anos) e Eduardo Santos Silva (12 anos) estão em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, para disputarem o Sul-americano da categoria. A competição teve início no dia 22 de abril e as finais serão realizadas no domingo (28). Este torneio tem uma importância especial para os atletas: além de garantir os pontos para o ranking nacional, os três primeiros colocados de cada categoria estão automaticamente classificados para os Jogos Panamericanos de Lima.
Gabriel é o atleta mais experiente da turma. No currículo, dois grandes títulos: campeão do Mundial Escolar em 2017, na Irlanda, e do Gymnasiade 2018, realizado no Marrocos. O Sul-americano vai servir para montar uma estratégia visando os campeonatos maiores, como o Mundial da modalidade. “Agora em maio a gente quer mandar ele para a Turquia disputar uma segunda etapa mundial, e no fim do ano tem o Mundial no Chile. Esta competição é importante porque serve de intercâmbio e ele tem o contato com atletas de alto nível de outros países, para traçarmos uma estratégia para o Gabriel”, explica o treinador Filipe Hardy.
PATINAÇÃO ARTÍSTICA
Até o dia 30 de abril os melhores atletas do país de patinação artística estão reunidos em Joinville, em Santa Catarina, para participarem do Sul-americano da modalidade. A competição teve início no dia 19, com provas da categoria mirim até adulto. Representado o Compete Brasília estão as atletas Manoela Cabral Pinto (11 anos) e Bruna Neri (14). As duas fazem parte de um quarteto que disputa, pela primeira vez, o título na categoria infantil. “A gente participou do Campeonato Brasileiro, no mês passado em Joinville, com mais nove quartetos e conseguimos o segundo lugar”, conta Bruna.
As patinadoras viajaram pela primeira vez por meio do Compete Brasília. “É um incentivo muito importante para os atletas. É uma forma de valorizar os atletas do Distrito Federal”, comenta Maria Ametista Neri, mãe da Bruna. Ela e a mãe da Manoela, Erica Cabral Pinto, vão acompanhar as atletas mirins na viagem.
RUGBY EM CADEIRA DE RODAS
BSB QUAD RUGBY
As principais equipes do rugby em cadeira de rodas do país participam, entre os dias 24 a 28 de abril, da Copa Caixa Interclubes, em Curitiba, no Paraná. Esta é a segunda competição nacional mais importante da modalidade, só fica atrás do Campeonato Brasileiro. O Distrito Federal terá dois representantes na competição: a equipe BSB Quad Rugby, que disputa a primeira divisão do torneio, e o time do CetefeBrasília, que participa da segunda divisão.
Viajaram pelo Compete Brasília os atletas paralímpicos, comissão técnica e o estafe. No total, cada delegação enviou 13 integrantes para Curitiba. “Sempre viajamos por meio do programa. Ele é essencial para o cenário esportivo do Distrito Federal”, afirma Braulio Bezzera, atleta do BSB Quad Rugby.
CETEFE
No ano passado a equipe do Braulio foi campeã da segunda divisão da Copa Caixa e, neste ano, os jogadores pretendem subir no pódio outra vez. “Hoje a gente tem uma equipe bem forte e estamos muito focados em alcançar este objetivo”, conclui o jogador.
Já o Cetefe tem na equipe cinco novos jogadores que nunca participaram de grandes competições. E a Copa Caixa servirá de experiência já de olho no Campeonato Brasileiro. “É uma oportunidade muito grande participar de um torneio como a Copa Caixa e adquirir mais experiência. Nós estamos levando cinco atletas novos que vão pela primeira vez participar de uma competição”, conclui o técnico da equipe Paulo Higino.
ESCALADA e PARACLIMB
Rodrigo Cézar (23 anos) e Luciano Frazão (39 anos) estão de malas prontas para Curitiba (PR). Eles participam do Campeonato Brasileiro de Boulder, neste sábado (27) e domingo (28), e compartilham o mesmo propósito: acumular pontos para o ranking nacional da modalidade e conquistar a oportunidade de disputar torneios internacionais. Subdividida em três categorias – Boulder, esportiva e velocidade –, a escalada estreia como modalidade olímpica nos Jogos de Tóquio 2020.
Único representante do paraclimb – a escalada paralímpica – no Distrito Federal, Luciano Frazão conheceu o esporte em 2014 e, no mesmo ano, começou a participar de competições. Ele é o primeiro do ranking nacional na classe A1 (amputado inferior) e coleciona bons resultados. E quer mais. “Neste ano tem Mundial na França. Estou fazendo de tudo para participar, em nível de ranking e pontuação. Com o apoio do Compete ficou mais fácil participar dessas provas”, avalia.
NATAÇÃO PARALÍMPICA
Uma turma de atletas paralímpicos se prepara para a primeira etapa do Open Brasil Loterias Caixa, que vai até sábado (27), em São Paulo. Claudio Irineu, Elcio Cunga, Gabriel Alves, Lucas Nicollas, Wendell Belarmino e Fabrício Amorim buscam resultados para garantirem vagas nas fases seguintes. Fabrício, que compete nos 50 metros e nado livre, na classe S6 (limitações físico-motoras), divide seu tempo entre a natação e canoagem. Nessa última, foi campeão brasileiro de Sprint V1, no último fim de semana, em Niterói (RJ).
TÊNIS DE MESA PARALÍMPICA
Andrea Lopes da Costa (49 anos), Valéria Schmidt (47 anos) e Fabiula da Silva Pinto (33 anos) participam, neste sábado (27), da Copa das Federações de Tênis de Mesa – Etapa Ceará, em Fortaleza. O evento vai ser a segunda competição do ano que contabiliza pontos para o ranking nacional. Ate o fim do ano, de acordo com a classificação, o esportista pode garantir vaga em eventos mundiais.
Andrea Lopes sonha em representar o país em uma Olimpíada. No ano passado, ela atingiu o primeiro lugar no ranking, na classe 7 (de andantes) e participou da seletiva do Parapan-Americanos. Agora, ela precisa vencer as próximas partidas para avançar na classificação nacional. Desde 2002, a paratleta viaja pelo Compete Brasília. “Ajuda muito. Somente o Bolsa Atleta não é suficiente para manter as despesas de um atleta em uma viagem para competição.”, destaca.