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21/01/22 às 10h57 - Atualizado em 21/01/22 às 12h53

‘Brasília não é só museu a céu aberto, é também uma academia a céu aberto’

Reforma das 27 quadras poliesportivas do Parque da Cidade já está em fase de acabamento; piscina de ondas será entregue em julho

 

 

 

A secretária de Esporte e Lazer, Giselle Ferreira, aposta na reforma e na construção de equipamentos públicos para incentivar a prática esportiva na cidade. Uma das entregas mais aguardadas é a reforma do Parque da Cidade. A reforma das 27 quadras poliesportivas do local já está em fase de acabamento.

 

A secretária promete para o final do primeiro semestre deste ano a conclusão de um dos equipamentos públicos mais icônicos de Brasília, a piscina de ondas. A piscina faz parte de um complexo que contará também com rio lento (espaço com águas calmas no qual os usuários poderão passear em boias) e área kids.

 

Outra novidade destacada pela secretária é que desde o dia 17 de janeiro nove dos centros olímpicos e paralímpicos funcionam com a capacidade total. Os equipamentos estão localizados em Brazlândia, Estrutural, Recanto das Emas, Santa Maria, Gama, Planaltina, Samambaia, Riacho Fundo e São Sebastião.

 

Secretária, para começar essa entrevista, a senhora poderia falar como está o andamento da reforma do Parque da Cidade?

Acredito que no Parque da Cidade o esporte é muito mais que lazer. Quanto mais as pessoas procurarem estar ao ar livre, fazer uma atividade física, mais vai melhorar a qualidade de vida e contribuir para combater esse mal que é a pandemia. A nossa missão é tornar o parque mais acessível e agradável para a prática de atividade física.

 

O processo de reforma das 27 quadras poliesportivas já está sendo concluído. Os recursos são de uma parceria do Ministério da Cidadania com a Secretaria de Obras. A reforma contou com uma emenda no valor de R$ 6 milhões, da deputada Celina Leão. Vestiários e banheiros também estão sendo reformados. No momento, falta apenas a entrega das quadras de tênis.

 

E quanto à reforma da Piscina com Ondas?

O projeto já foi aprovado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação [Seduh]. Neste mês será feita a licitação da primeira etapa da obra. Serão três etapas: a reforma da Piscina com Ondas, a construção do rio lento e de um espaço kids. A meta é entregar no primeiro semestre a reforma da piscina, que representa 80% do total do complexo. No decorrer do ano será entregue o restante. Todo o projeto está orçado em R$ 22 milhões. Para a piscina, temos R$ 8 milhões. A Piscina com Ondas é um espaço democrático que vai atrair o turismo para a cidade. Se formos fazer um comparativo, os Jogos Escolares que aconteceram aqui em 2021 deixaram mais de R$ 12 milhões para a economia do DF.

 

E com relação à prática esportiva, quem quiser praticar esporte na cidade conta com que equipamentos?

O Governo do Distrito Federal não mede esforços para melhorar a prática esportiva. Estamos adequando o Parque da Cidade e fomentando modalidades esportivas. Procuramos democratizar o esporte em todas as regiões administrativas. Vamos entregar dez campos sintéticos. Nós fizemos aqui o primeiro campeonato brasiliense de queimada, no Sesi de Samambaia. Queremos incentivar todas as modalidades esportivas por acreditar que o esporte é investimento e não gasto.

 

Os projetos sociais serão incrementados com a distribuição de chuteiras e material poliesportivo para crianças e adolescentes?

Esse é um projeto da ex-secretária Celina Leão, que o criou para incentivar quem quer fazer esporte e não tem o material necessário. Dar uma bola para uma criança é um investimento. Enquanto a pessoa estiver praticando esporte, não procurará outros caminhos, como por exemplo, o da marginalidade ou das drogas. Eu estava em Planaltina com o governador Ibaneis, entregando um campo de grama sintética, e havia crianças jogando descalças, daí surgiu a ideia de dar as chuteiras também.

“Brasília não é só museu a céu aberto, é também uma academia a céu aberto”

 

Como são feitas as entregas desses materiais?

Os materiais esportivos são entregues por meio das entidades sociais, que por sua vez são apresentadas pelas administrações. Para a entrega de uniformes esportivos e chuteiras é feito um chamamento público e as entidades interessadas podem se inscrever em nosso site. No momento, as inscrições estão abertas para quem quiser participar.

 

A secretaria fez parceria com o Sesi para oferecer atividade física?

Sim. Pela primeira vez, fizemos parceria com o Sistema S. O Sesi de Taguatinga vai oferecer 1.500 vagas para que a comunidade da região faça atividade física. Também foi fechada uma parceria com o Sesi de Sobradinho para oferecer natação à comunidade no Centro Olímpico da cidade.

 

E os centros olímpicos, qual o projeto para eles em 2022?

A capacidade das vagas nos centros olímpicos está sendo duplicada. Estamos fazendo reformas e, pela primeira vez, o pedido de acesso é on-line. Mas quem não tiver acesso à internet pode comparecer a um centro olímpico para se matricular em alguma das atividades físicas oferecidas. Além dos centros olímpicos, contamos agora com esta parceria com as unidades do Sesi de Taguatinga e de Sobradinho.

 

E a formação de atletas e paratletas de alto nível, como está?

No plano de trabalho dos centros olímpicos está a formação de atletas e paratletas. Foi de um desses equipamentos que saiu o Kawan, finalista de saltos ornamentais nas Olimpíadas de Tóquio. Ele treinou no Centro Olímpico do Gama. Também tivemos o Wendel, ganhador das medalhas de ouro, prata e bronze nos 50 metros livre na Paralimpíada de Tóquio.

 

Os atletas contam, ainda, com o programa Compete, que oferece transporte aéreo e terrestre para que eles viajem para disputar competições. No ano passado, a secretaria concedeu 1.233 passagens aéreas e terrestres para atletas e paratletas de alto rendimento. Também temos o Bolsa Atleta. O investimento foi de R$ 3,3 milhões em 2021. Queremos contemplar todas as modalidades.

 

O Bolsa Atleta já atendeu quantos atletas aqui no DF?

O programa Bolsa Atleta contemplou 238 esportistas locais em 2021, totalizando um investimento de R$ 2,2 milhões.

 

Quais são os projetos para 2022, ano da Copa do Mundo?

Temos o Candangão, que começa em janeiro. Estamos fomentando o futebol de base. Também estamos buscando trazer para Brasília grandes eventos nacionais e internacionais. Duas competições importantes que acontecerão este ano em Brasília são o Campeonato Sul-Americano de Vôlei e o Brasil Open de Tênis.

 

E como está o projeto de fomentar o ciclismo na cidade?

Brasília tem hoje 616 quilômetros de ciclovias. Para este ano, a meta é aumentar 130 quilômetros. Não haverá mais desculpa para não praticar esportes aqui.

 

AGÊNCIA BRASÍLIA