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21/03/19 às 23h42 - Atualizado em 25/03/19 às 11h55

Atletas do Gama despontam no Troféu Brasil de Saltos Ornamentais

Luís,  Kawan, Heloá e Rafael vão representar o DF no Sul-Americano de Saltos Ornamentais.  Luís e Kawan também conquistaram índices para o Panamericano em Lima

 

Quatro jovens atletas, que começaram a praticar Saltos Ornamentais no Centro Olímpico e Paralímpico do Gama, participam até sábado (23) do Troféu Brasil de Saltos Ornamentais, no Centro de Excelência de Saltos Ornamentais da UnB, em Brasília. A competição reúne os principais atletas do país que brigam por índices para campeonatos internacionais como Grand Prix, Jogos Pan-americanos e o Mundial.

 

Luís Felipe Moura, de 16 anos, jogava basquete no COP do Gama e foi lá que ele ficou sabendo das vagas para saltos ornamentais. “Eu e minha irmã passamos no teste. Foi no COP do Gama que eu aprendi a gostar da modalidade. Lá tem a plataforma, o trampolim e a cama elástica. Tudo para os atletas iniciarem a carreira esportiva”, conta Luís.

 

O saltador já representou Gama e o DF em diversas competições internacionais, conquistando, por duas vezes, a medalha de prata no Sul-Americano Juvenil. E na última quarta-feira (20) conquistou o índice do trampolim de três metros para disputar os Jogos Panamericanos de Lima, que vão acontecer entre 26 de junho e 11 de agosto deste ano. Além de confirmar a vaga para o Sul-Americano Juvenil de Saltos Ornamentais, que será realizado em abril, no Chile. O brasiliense, uma das revelações do Troféu Brasil, também conquistou outra marca importante na competição: Junto com Tammy Galera, a dupla obteve, nesta sexta-feira (22), o índice no trampolim de 3m sincronizado misto para o Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos e para o Fina Grand Prix.

 

Helóa, de 12 anos, segue o exemplo do colega do Gama. A atleta começou a praticar os saltos ornamentais aos sete anos de idade no COP. “Eu fui brincar lá no Centro Olímpico e Paralímpico do Gama, fazendo estrela, abertura e mostrando força e reflexibilidade e no dia seguinte um professor comentou com o meu pai e perguntou se eu podia fazer o teste. Eu nem sabia nadar. Fiz o teste, passei e não parei mais”.

 

A jovem saltadora já conseguiu o índice para uma competição internacional: o Sul-americano Juvenil de Saltos Ornamentais. “O COP do Gama é um celeiro de talentos. Ele tem revelado vários atletas; A gente observa lá as crianças que têm muito potencial. E a partir deste projeto realizado nos Centros Olímpicos e Paralímpicos, da Secretaria de Esporte e Lazer do GDF, a gente dá oportunidade para essas crianças conhecerem a modalidade e despontarem”, afirma Ricardo Moreira, coordenador e professor de Saltos Ornamentais da Secretaria de Esporte e Lazer.

 

Kawan Figueiredo passou por outras modalidades no COP do Gama antes de iniciar os saltos ornamentais. Mas em 2013, aos 11 anos de idade, ele descobriu que tinha talento para esta modalidade. Hoje ele tem no currículo dois pan-americanos, um sul-americano e também um mundial. “No Centro Olímpico Paralímpico do Gama eu pratiquei futsal, capoeira e depois os saltos ornamentais. E foi nesta modalidade que as portas se abriram e eu me tornei um atleta profissional. Continuo morando no Gama e sempre que sobra um tempinho eu volto lá para ver minhas origens”, comenta.

 

O atleta divide a rotina entre treinos, colégio e as competições. E por onde passa, sente muito orgulho de representar o DF nas competições dentro e fora do país. “A gente viaja bastante com a ajuda do Compete Brasília. O programa é muito importante para a gente participar de competições fora do DF”, comenta Kawan.

 

Nesta quinta-feira, o atleta conseguiu o índice para disputar a prova da  plataforma de 10 metros nos Jogos Panamericanos deste ano. E no sábado (23), terminou a prova do  trampolim de 3m, com o bronze. E Luís Felipe Moura  ficou com a prata. 

 

Quem também trocou uma modalidade coletiva pelos saltos ornamentais foi o Rafael Silva Max de Almeida, de 14 anos. “Eu comecei praticando vôlei. E foi um professor do COP que me apresentou os saltos ornamentais. E eu fiz um teste, passei e comecei a gostar dos saltos. No COP eu treinei por um ano. Eu já participei de sul-americanos e pan-americanos e da Taça Brasil”.

 

No Troféu Brasil, Rafael já garantiu a vaga para o Sul-Americano da modalidade e ainda quer fechar a competição com a classificação para os Jogos Panamericanos deste ano. E entre um salto e outro ele também incentiva as crianças a praticarem a modalidade. “Hoje eu incentivo as crianças a saltarem. Eu gosto de ensinar sobre os saltos ornamentais pra eles”.

 

Até sábado (23), os atletas do Gama vão atrás de novos índices para competições nacionais e internacionais. “A gente tem aqui quatro atletas que começaram no Centro Olímpico do Gama e já estão classificados para a seleção brasileira juvenil e eu acredito que vão ter dois desses atletas que vão estar classificados para os Jogos Panamericanos deste ano. A gente vê muitos jovens, como eles, com potencial para a modalidade, e se eles tiverem oportunidades, com certeza, vão pra frente”, afirma o professor Ricardo Moreira.