Esportistas da cidade beneficiados por programas da Secretaria de Esporte e Lazer voltam com medalhas
Os Jogos Pan-Americanos terminaram neste domingo (11). Foram mais de 15 dias de competições, pódios e muita superação. Os atletas candangos fizeram bonito em suas modalidades e voltam para Brasília com medalhas, recordes pessoais e satisfeitos com os resultados conquistados no mais importante evento esportivo das Américas.
COB
O Distrito Federal teve cinco modalidades que receberam medalhas em provas individuais e coletivas. Para subir no pódio, o caminho dos atletas foi longo. Além de muito treino, dedicação e esforço, eles também contaram com o apoio de patrocinados e dos programas da Secretaria de Esporte e Lazer como o Compete Brasília e o Bolsa Atleta.
Destaque para três atletas conhecidos por moradores do Distrito Federal: Caio Bonfim, que nos 20 km da Marcha Atlética ficou com prata. Ângela Lavalle, do vôlei de praia, e Kawan Figueiredo, nos saltos ornamentais, que conquistaram o bronze. Os três são esportistas que treinam e moram em Brasília.
Principal nome da marcha atlética brasileira, o atleta Caio Bonfim conseguiu, mais uma vez, superar limites e voltar para casa com uma medalha na bagagem. O rapaz, que treina em Sobradinho, subiu ao pódio no Pan-Americano de Lima, em 4 de agosto, na prova que é especialista. Os 20 km de marcha já havia rendido ao esportista a quarta posição nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Na ocasião, ele terminou o percurso no tempo recorde de 1h19m42.
No Pan-Americano deste ano, após um percurso longo e desgastante, Caio encerrou sua participação no evento, neste domingo (11), com a conquista do quarto lugar na prova dos 50 km com o tempo de 3h57min54. Nessa mesma prova, nos Jogos Olímpicos, ele ficou no 9º lugar, novamente quebrando o recorde brasileiro, com o tempo de 3h47m02. No ano seguinte, em Londres 2017, no Campeonato Mundial de Atletismo, Caio conseguiu a medalha de bronze, um feito inédito para o país, já que esta é a primeira do atletismo brasileiro em um Mundial na Marcha Atlética.
“Termino em quarto muito feliz, como atleta de alto rendimento sei o que é enfrentar subidas e descidas. Briguei pela medalha, mas terminei em quarto. Os 50 km é a prova mais longa do atletismo. Treinei muito para os 20 km, onde conquistei a prata. Sou treinado pelos meus pais e aprendi logo cedo que nas Américas não existe time B na marcha”, contou Caio para o site do Comitê Olímpico do Brasil.
Desde o ano passado, a agenda de competições do marchador teve a colaboração do Compete Brasília em sete torneios. Entre eles, o 33º GP Cantones de La Coruña, na Espanha, em que bateu o recorde brasileiro dos 20 km, terminando na sétima colocação, com 1h18m47s, superando a antiga maior marca, que era dele mesmo. Outra marca foi em Balneário Camboriú (SC), também neste ano, durante a Copa Brasil Caixa, quando terminou a prova dos 20 km em 1h23m26. Caio também recebe o Bolsa Atleta Olímpico da Secretaria de Esporte e Lazer.
Quem superou a marca pessoal nesta prova foi a brasiliense de coração, Elianay Pereira. A atleta nasceu no Tocantins, mas aos quatro meses de vida já estava em Brasília. E treina diariamente com a equipe CASO-DF de Sobradinho. E foi a quinta colocada, conseguindo o recorde pessoal na prova, com 4h29m33s, com este resultado, Elianay atingiu o índice para o Campeonato Mundial em Doha, no Catar, que será realizado de 27 de setembro a 6 de outubro.
Na parte aquática, a alegria veio com Kawan Figueiredo, que foi bronze nos saltos ornamentais ao lado de Isaac Nascimento. Eles conquistaram a medalha de bronze nos saltos ornamentais, na categoria plataforma 10m. Uma medalha inédita para o Brasil nos saltos ornamentais.
Isaac Souza e Kawan Pereira Crédito: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte
Kawan nasceu no Piauí, mas chegou em Brasília ainda criança. Morador da região administrativa do Gama, ele deu os primeiros saltos no Centro Olímpico e Paralímpico do Gama. No COP, Kawan Figueiredo passou por outras modalidades antes de iniciar os saltos ornamentais. Mas em 2013, aos 11 anos de idade, ele descobriu, através do projeto Futuro Campeão, da Secretaria de Esporte e Lazer, que tinha talento para os saltos ornamentais.
“No Centro Olímpico Paralímpico do Gama eu pratiquei futsal, capoeira e depois os saltos ornamentais. E foi nesta modalidade que as portas se abriram e eu me tornei um atleta profissional. Continuo morando no Gama e sempre que sobra um tempinho eu volto lá para ver minhas origens”, comenta.
Além do Pan-Americano, este ano o atleta participou de outros torneios importantes, como o Mundial de Esportes Aquáticos, disputado em julho, na Coreia do Sul, esta foi última competição antes dos Jogos Pan-Americanos. Este torneio serviu de preparação para o Pan e esta viagem foi realizada por meio do Compete Brasília. Kawan também é Bolsa Atleta, na categoria Nacional, do Governo do Distrito Federal. Atualmente o atleta é do Instituto Pro Brasil, coordenado pelo professor Ricardo Moreira.
Outra grande conhecida aqui no DF é Ângela Lavalle. Quem passa diariamente pelo Parque da Cidade Sarah Kubitschek já deve ter observado a atleta treinando vôlei nas quadras de areia do local. Ela faz dupla com a cearense Carol Horta e para chegar aos Jogos Pan-Americanos, Ângela teve como aliada o programa Compete Brasília. Isto porque as passagens para as competições fora de Brasília foram fundamentais para o entrosamento com sua parceira de quadra.
O resultado de todo o esforço foi o primeiro pódio brasiliense no Pan-Americano de Lima. No dia 30 de julho, por dois sets a zero, elas levaram a melhor em cima da dupla cubana e conquistaram a medalha de bronze. A premiação entra para coleção da atleta, que conta também com o ouro nos Jogos Mundiais Militares de 2011 no Brasil, o bronze no Campeonato Mundial Militar de 2014, na Alemanha e a prata em uma das etapas do Circuito Mundial de Vôlei de Praia 2019, na China.
Nesses dois últimos anos, 2018 e 2019, Ângela conseguiu o benefício das passagens, por meio do Compete Brasília, em dez ocasiões. Além disso, Ângela conseguiu o Bolsa Atleta, um auxílio da Secretaria de Esporte e Lazer. Desde 2014, pelo menos, ela recebe o benefício na categoria Internacional, isto ajuda a garantir a manutenção pessoal e se dedicar exclusivamente ao treinamento esportivo.
“O nosso calendário nacional é longo e a maioria das vezes é fora do Distrito Federal e uma das maiores despesas é com as passagens aéreas e o Compete Brasília nos dá esse apoio, além de mim meu treinador também viaja com esse benefício, e isso ajuda muito e nos dá esse suporte tanto dentro e fora do Brasil. O benefício foi fundamental para nosso ranquiamento nacional e internacional, como consequência a vaga nos Jogos Pan-Americanos de Lima”, destacou a medalhista.
Pela primeira vez em Jogos Pan-Americanos o Brasil teve um representante na patinação velocidade. Gabriel Felix é atleta do Distrito Federal e treina com a equipe Jaguar no estacionamento do Corpo de Bombeiros. Na prova de contrarrelógio 300m Félix conseguiu o sétimo lugar. “Este é o melhor resultado da patinação velocidade em Jogos Pan-Americanos. Estou muito feliz”, contou.
Gabriel conseguiu a classificação no Pan-Americano após conquistar a vaga para o Brasil em um campeonato classificatório e posteriormente a vaga brasileira na categoria de curta distância de velocidade.
“O Compete Brasília foi um programa essencial para meu desenvolvimento como atleta nos últimos anos, porque quanto mais a gente treina no exterior, melhor a gente fica em comparação com outros atletas mundiais. Através do Compete Brasília eu já foi para a China, Holanda e Estados Unidos e tudo isso foi fundamental para a minha vaga no Pan-Americano”, comentou o atleta.
O arqueiro Bernardo Oliveira por pouco não trouxe uma medalha para o Brasil. Ele disputou o bronze com o Canadá e perdeu a disputa por 7-1 para Eric Peters, do Canadá. O atleta treina diariamente no Clube do Exército no DF e começou a praticar o tiro com arco em 2005. “Nesses 14 anos eu já sai de Brasília para treinar em vários lugares do mundo. Mas eu voltei a treinar fixo em Brasília antes dos Jogos Olímpicos de 2014 e estou aqui até hoje”, comentou o atleta.
Matheus e Abuba. Crédito: Victor Calvo/CBV
Nas provas coletivas vale destacar a medalha de bronze do vôlei masculino com os destaques da competição Aboubacar Drame e Matheus Bispo. Abuba é descendente de imigrantes africanos, e começou a se interessar pelo vôlei inspirados nas irmãs mais velhas que também praticavam a modalidade. Com oito anos de idade, o jovem foi ter as primeiras aulas de vôlei no projeto social da ASSEAT (Associação Esporte ao Alcance de Todos), em São Sebastião. Quando completou 19 anos entrou para o time da UPIS, onde participou de diversas competições universitárias e também a segunda divisão da liga principal de vôlei. Foi por meio da UPIS-DF, que Aboubacar, apareceu para o cenário do esporte nacional e então teve a oportunidade de jogar a Superliga de Vôlei. No início da carreira, Abuba viajou através do programa Compete Brasília. Entre os principais títulos de Abuba estão: Campeão da Superliga Cimed 18/19 jogando pelo EMS/Taubaté; o Campeão Paulista 2018 também pelo EMS/Taubaté. Representando do Distrito Federal, Abuba foi campeão do JUB´s 2016 pela UPIS/DF e campeão da LDU 2016, UPIS/DF.
Já a brasiliense Manuella Lyrio, é atleta do Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo, e nos Jogos Pan-Americanos de Lima ela conquistou o bronze na prova de revezamento 4x200m livre, ao lado das nadadoras Larissa Oliveira, Gabrielle Roncatto e Aline Rodrigues, após terminaram a prova com o tempo de 8min07s77 ficando atrás do EUA e Canadá. E o quarteto formado por Manuela, Etiene Medeiros, Larissa Martins, e Daynara de Paula, ficou com a prata com no 4×100 livre com o tempo de 3m40s39 atrás apenas do EUA.
Assessoria de Comunicação
Secretaria do Esporte e Lazer do Distrito Federal