Crédito: Roberto Castro – Rede de Esporte
O último dia de Grand Slam Brasília de Judô terminou com festa dentro e fora dos tatames. Enquanto a organização celebrava as arquibancadas lotadas do Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), o público vibrava com as disputas dos pesos-pesados e a seleção brasileira comemorava as 17 medalhas conquistadas durante o evento.
Foi um dos melhores resultados nacionais em Grand Slans com quatro ouros, nove pratas e quatro bronze. Este feito que entrará para a história do judô, avalia o secretário de Esporte e Lazer, Leandro Cruz.
“Nós fizemos uma das melhores participações do Brasil na história do evento. Isto foi fantástico para os atletas e para a torcida que vibrou muito nas arquibancadas. E essa possibilidade dos nossos atletas, brigarem por pontos dentro de casa, nesta reta final para a disputa de uma vaga olímpica, também é muito positivo. E nos dá uma vantagem enorme. Eu tenho certeza que esse evento veio para fazer história e ficar em Brasília”, destacou.
Para o coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson, o apoio da torcida foi fundamental para o sucesso da equipe. “O resultado foi muito acima do esperado. Durante o ano todo, nós ganhamos 14 medalhas nos Grand Slams anteriores. E aqui em Brasília foram 17 medalhas. E a gente tem uma briga bastante acirrada pela vaga olímpica. Este resultado alavanca bastante nossos atletas. O nível deste evento foi altíssimo com muitos medalhistas olímpicos e mundiais. A gente sai bem orgulhoso daqui. E lutar em casa é sempre bom porque tem o apoio e a empolgação da torcida e isso incentiva nossos atletas. Essa energia contribuiu muito para este resultado”.
A luta mais esperada da noite foi entre o campeão olímpico, o francês Teddy Riner e o brasileiro David Moura. Em 20 segundos, o judoca da Franças desbancou o atleta brasileiro.
A medalha de prateada de David mantém o atleta na briga pelo passaporte para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. “Hoje foi um dia muito importante para esta vaga olímpica. “Eu perdi porque ele foi melhor. Mas minha atitude foi boa, e vou continuar nesta briga pela para as Olimpíadas. E lutar em casa é sempre maravilhoso. Toda a minha família está aqui e os torcedores do Distrito Federal estavam torcendo muito por mim e todos os brasileiros. Tinha gente que eu nem conhecia me abraçando e falando que estavam torcendo por mim. A gente ouve toda a gritaria da arquibancada. Isto dá uma motivação a mais. É uma grande oportunidade ter esta competição aqui. É um incentivo para a molecada mais nova. Foi sensacional e estou muito feliz com o resultado”, disse o atleta brasileiro peso-pesado.
Judôs nos Centros Olímpicos e Paralímpicos
O Grand Slam Brasília vai deixar como legado o incentivo para a prática de judô no Distrito Federal. No próximo ano, todos os 12 Centros Olímpicos e Paralímpicos terão aulas de judô.
“O nosso grande desafio é que a gente massifique e democratize o acesso em judô em Brasília. E nós temos o compromisso de colocar, até o final de 2020, o judô em todos os COPs. Ainda reforçamos esta política clara de formação de novos judocas e vamos continuar sendo um grande celeiro de atletas de judô do Brasil” destacou o secretário Leandro Cruz.